Quando visitei o Mosteiro de São Bento, em São Paulo, aprendi o lema em latim “Ora et Labora”, em tradução, “Ora e Trabalha”.
A frase resume a prática monástica associada à Regra de São Bento. Criador da ordem, o monge Bento de Núrsia via a oração e o trabalho como parceiros, e acreditava na combinação da contemplação com a ação.
O conceito expressa a necessidade de equilibrar oração e trabalho em ambientes monásticos e tem sido usada em muitas comunidades religiosas desde a Idade Média.
Os cistercienses aplicaram o lema ao trabalho agrícola; os Humiliati aplicaram o conceito à produção de tecidos de lã com rodas no período anterior à revolução industrial.
A Universidade Dalhousie foi fundada sobre o lema; o clã escocês Ramsay também. O selo da cidade de Toledo, em Ohio, EUA, apresenta a frase em sua inscrição. O Wesley College, uma escola secundária no Sri Lanka, foi fundada por missionários metodistas sob o conceito.
Na entrada da sede da LEGO, em Billund, Dinamarca, há uma placa do lado direito com a foto do fundador, e a inscrição: “Ora et Labora”.Napoleon Hill colocou a Fé como um requisito do sucesso no trabalho e identificou o hábito de fazer preces nos homens bem-sucedidos que analisou ao longo de 20 anos.
“Ora et Labora” é uma exortação à vida ativa e não apenas dedicada ao estudo, à especulação intelectual ou à contemplação mística. No caso dos monges paulistanos, acrescentou-se a tradição “e leia” (em latim, “et legere”) – o que para mim torna o preceito ainda mais rico e fascinante.
“Ora et Labora”.